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Chapéuzinho Amarelo

Ler Chapéuzinho Amarelo

Na história para dormir de hoje, você vai ler Chapéuzinho Amarelo. Chapeuzinho Amarelo é uma obra de Chico Buarque de 1970. Um clássico da literatura infantil brasileira, Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque de Hollanda, foi publicado em 1970, e relançada em 1979 com as ilustrações do grande chargista Ziraldo.

Chapéuzinho Amarelo | Ler Online:

Era Chapeuzinho Amarelo.
Amarelo de medo.
Ela tinha medo de tudo, aquele Chapeleiro.
Não ria mais.
Ele não apareceu na festa.
Ele não subiu nem desceu escadas.
Ela não estava resfriada, mas estava tossindo.
Ouvi o conto de fadas e estremeci.
Ele não estava jogando mais nada, nem amarelinha.
Eu estava com medo do trovão.
O verme era uma cobra para ela.
E ele nunca pegou sol porque tinha medo da sombra.
Ele não saiu para não se sujar.
Não bebi a sopa para não molhar.
Não tomei banho para não sair.
Ele não disse nada para não engasgar.
Ele não tinha medo de cair.
Então eu vivia quieto, deitado mas sem dormir, temendo pesadelos.
Era Chapeuzinho Amarelo…
E todas as minhas preocupações
O medo que era mais do que medonho era o medo do cara LOBO.
Um lobo que nunca foi visto
que morava longe,
do outro lado da montanha,
em um buraco na Alemanha,
cheio de teias de aranha,
em uma terra tão estranha
quem vai ver que o cara do LOBO?
nem existia.
Mesmo assim, Chapéuzinho tinha cada vez mais medo do medo de um dia conhecer um LOBO.
Um LOBO que não existia.
E um chapeuzinho amarelo,
de pensar no LOBO,
dos sonhos de LOBO,
esperando tanto pelo LOBO,
um dia eu topei com ele
então sim:
cartão lobo,
olho de lobo,
olhar de lobo,
e principalmente lábios
tão grande que ele poderia comer duas avós,
caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz…
E um chapéu de sobremesa.
Mas o engraçado é
assim que o WOLK encontrou,
Chapeuzinho Amarelo
ele estava perdendo esse medo:
medo de medo de medo de um LOBO.
Ele ficou com um pouco de medo desse lobo.
Então o medo acabou e ela ficou sozinha com o lobo.
O lobo ficou chateado ao ver essa garota olhando para o rosto dele
apenas sem o seu medo.
Ele estava até envergonhado, triste, murcho e branco azedo,
porque o lobo além do medo é a zombaria do lobo.
Um lobo sem pêlo é formado.
Lobo nu.
O lobo estava chateado.
Ele gritou: Eu sou um LOBO!
Mas Chapeuzinho Vermelho, nada.
E gritou: EU SOU UM LOBO!!!
E Chapeuzinho Vermelho riu.
E ele gritou: EU SOU UM LOBO!!!!!!!!!!
Chapeuzinho Vermelho, já um pouco doente, quer jogar outra coisa.
Então ele gritou seu nome de LOBO bem alto vinte e cinco vezes,
Que é por medo voltar e a garotinha saber com quem não está falando:
LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO
Então Chapeuzinho Vermelho encheu e disse:
“Isso mesmo! Agora! Já! Do jeito que você é! ”
E um lobo parado assim, como um lobo, não era mais LO-BO.
Era BO-LO.
Um bolo de lobo fofo, tremendo como um pudim, com medo da Chapeuzinho.
Medo de ser comido enquanto isso, vela e tudo mais.
Chapeuzinho Vermelho não comeu aquele bolo de lobo porque sempre preferiu chocolate.
Na verdade, ela agora está comendo tudo, exceto as solas dos sapatos.
Ele não tem mais medo da chuva, nem está fugindo de carrapatos.
Cair, levantar, se machucar, ir à praia, entrar na floresta
Ele sobe em uma árvore, rouba frutas, depois joga amarelinha,
Com o primo de um vizinho, com a filha de um jornaleiro,
Com a sobrinha da minha madrinha
E o neto do sapateiro.
Mesmo quando está sozinha, ela inventa um jogo.
E ela transforma todo medo que tinha em um companheiro:
O relâmpago virou orrai;
a barata é tabara;
a bruxa tornou-se xabru;
um bom dia é bodia.
(Ah, outros companheiros da Chapeuzinho Amarelo: Gãodra, Jacoru, Barão-tu, Pão Bichô tchau…
E todos os tronsmons.)

Chapéuzinho Amarelo | FIM


Chapéuzinho Amarelo | Conclusão:

Chegamos ao final de mais uma historia para dormir, esperamos que tenham curtido a historinha da Chapéuzinho Amarelo de Ziraldo, diga-nos abaixo  o que achou dessa história e também não deixe de conferir as nossas demais histórias que contém em nosso site, um forte abraço a todos e até o próximo conto.

Rodrigo Pazzini

Formado em letras pela UNIR. Ama a literatura clássica e atua como revisor neste site.

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