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A Cinderela Das Bonecas

Ler A Cinderela Das Bonecas

Na história para dormir de hoje, você vai ler A Cinderela Das Bonecas. A Cinderela das Bonecas é uma Literatura infanto-juvenil escrita por Ruth Rocha no ano de 1998. Todo mundo adora a vovó Neném, que sabe contar histórias como ninguém. E ela sabe fazer coisas ainda mais belas, como transformar bonecas em Cinderelas! Mariana ficou encafifada: “Será que a vovó é também uma fada?”

A Cinderela das Bonecas | Ler Online:

Vovó Neném vivia numa casinha muito clarinha, cercada de flores e de passarinhos.
Ela sabia fazer as melhores balas do mundo, daquelas branquinhas que se desmancham na boca… E brigadeiros, daqueles cobertos de bolinhas coloridas, e doces de coco e bolos fofíssimos de chocolate!
Vocês já sabem por que os netinhos de vovó Neném adoravam visitar a avó. E todas as crianças que moravam por perto se consideravam seus netos.
Mas não era somente por causa dos doces gostosos que as crianças gostavam de ir à casa dela.
Vovó Neném era cheia de ideias, estava sempre inventando alguma brincadeira.
Foi ela que ensinou o Beto a jogar bolinhas de gude, ensinou o Catapimba a empinar pipa, ensinou a Mariana a pular corda.
Foi ela que fez a rede da cesta de basquete do Alvinho e ensinou todo mundo a brincar de mímica, de telefone-sem-fio e de pular sela.
Mas o que a vovó fazia como ninguém era contar histórias. Não que ela contasse muito bem, não. É que era uma graça o jeito que ela contava.
– Era uma vez uma menina muito bonitinha, muito boazinha, chamada Chapeuzinho Vermelho. Um dia ela ia andando pela floresta quando encontrou… encontrou… ah! encontrou a Bela Adormecida!
As crianças riam, riam…
– Não, vovó! A história é de Chapeuzinho! Chapeuzinho Vermelho! Ela encontra o lobo!
– Ah, é verdade, que cabeça! O lobo! Isso mesmo, o lobo. Então o lobo bateu na porta com toda força: “Abram, abram já, senão eu vou bufar, eu vou soprar e a casinha vai voar!”
As crianças adoravam:
– Não, vovó, não! A história é de Chapeuzinho Vermelho! Vermelho!
– É claro, é claro! Eu sei muito bem. Vermelho. Então a rainha disse: “Eu quero uma filha que tenha cabelos negros como o ébano, pele branca como a neve e lábios vermelhos! Vermelhos como o sangue!”
As crianças gostavam mais das histórias malucas de vovó Neném do que das histórias certinhas dos livros…
Quando as meninas do bairro resolveram fazer uma festa na casa da Gabriela e um concurso de bonecas, vovó gostou logo da ideia:
– Que bom! Eu adoro festas! Vou fazer bandeirinhas de papel de seda e lanterninhas de papel colorido e balas enroladas em papel celofane…
Todas as meninas ficaram muito assanhadas e trataram de enfeitar muito bem suas bonecas.
No dia do concurso, vovó foi à casa da Gabriela para levar os doces e os enfeites. Mas quando ela passou na casa da Mariana, viu que a menina estava muito triste, sentadinha na rede, com sua boneca no colo.
– Que é isso, Mariana? Você não está enfeitando sua boneca para a festa? – ela perguntou.
Mariana, muito desapontada, mostrou a boneca:
– Ah, vovó, eu nem vou levar a minha boneca na festa. Olha só como ela está feia! Eu pedi pra mamãe comprar uma nova, ela não podia…
– Mas, Mariana, quando os filhos ficam feios ou ficam doentes, a gente não joga eles fora…
Mariana não soube o que responder…
– Olhe, Mariana, avise sua mãe que nós vamos dar um pulinho lá em casa. Pegue seu carrinho, vá.
No caminho da casa da vovó, elas passaram pela casa do Beto. E vovó disse ao Beto uns segredinhos. Vovó Neném era cheia de segredinhos… Mas a gente gostava porque ela tinha um segredinho pra cada um. Então ela disse à Mariana:
-Deixe o seu carrinho um pouquinho com o Beto. Ele está precisando muito. Depois a gente vem buscar…
Assim que as duas chegaram, vovó levou Mariana para o quarto de costura. Mariana sabia que a vovó ia começar com uma conversa que ela gostava muito, que a gente não pode ir só comprando, a gente precisa aproveitar o que tem, consertar, remendar. Ela dizia sempre: “Costura uma vez que te dura um mês, torna a remendar que te durará”.
As crianças achavam esta conversa meio chata, elas nem entendiam direito o que vovó Neném estava dizendo. Mas Mariana sabia que a vovó era danada para consertar as coisas. Quem sabe se ela não dava um jeito na boneca?
– Mariana – vovó perguntou – , você conhece a história da Cinderela? Aquela que dormiu durante cem anos?
-Ah, vovó, quem dormiu cem anos foi a Bela Adormecida… A Cinderela é aquela que não tinha vestido pra ir ao baile…
– Puxa, Mariana, parece a sua boneca, não parece?
– Parece sim, vovó! É pena que as fadas não existam mais…
– Mas não existem mesmo, Mariana?
Então vovó começou a abrir os seus baús e de dentro deles foi tirando umas caixas grandes e de dentro das caixas umas caixas menorzinhas e as caixinhas eram todas cobertas de papel brilhante, uns cheios de estrelinhas, outros cheios de bolinhas e outros cheios de coloridos.
E de dentro de cada caixa e de cada caixinha e de cada baú foram saindo os guardados da vovó: fazendas transparentes e rendadas, colares de miçangas, galões dourados, botões de cristal… Novelos de seda, pedrarias coloridas, plumas de avestruz… E uma cabeleira de cabelos loiros e sapatinhos de cetim, e tanta, tanta coisa linda e diferente, que Mariana achou que o baú de vovó Neném mais parecia o baú de uma fada!
Com a caixa de pinturas, vovó retocou o rosto da boneca, que foi ficando tão bonito que parecia novo.
E pôs na cabeça a cabeleira de cachos sedosos e dourados que ela tinha encontrado no baú.
E das mãos mágicas da vovó começou a sair uma porção de maravilhas: vestido brilhante, capa de lantejoulas, sapatinhos bordados, coroinha de princesa.
Enquanto ia trabalhando, vovó Neném ia conversando sobre aquelas coisas que ela gostava tanto de conversar, de como é importante guardar as coisas e conservá-las e usá-las de novo, mas desta vez Mariana não estava achando nada chato, pelo contrário!
Ela agora estava entendendo tudinho que a vovó dizia.
Quando a boneca ficou pronta, Mariana bateu palmas.
– Puxa, vovó! Você é uma fada!
– Ainda falta alguma coisa, Mariana. Chapeuzinho Vermelho foi ao baile de carruagem… Cadê o seu carrinho?
Mariana começou a rir, adorando a brincadeira.
– Não foi a Chapeuzinho, vovó, foi a Cinderela! O meu carrinho ficou na casa do Beto. Eu vou já buscar!
Mas no que Mariana chegou na porta, o Beto vinha chegando com o carrinho, que ele tinha consertado, tinha pintado e tinha enfeitado com umas flores que Mariana adivinhou que eram do baú da vovó.
Mariana gritou, animada:
– Venha ver, venha ver, vovó. Você não pode imaginar o que o Beto vem trazendo!
– Posso sim, posso sim… As fadas podem tudo! – disse a vovó sorrindo.
– Pronto! – disse a vovó. – Agora a mágica está completa. Escute só mais uma coisinha. A gente não pode desanimar quando as coisas estão difíceis. Se você prestar atenção nas histórias, você vai ver que todas as princesas precisaram coragem, de paciência e de esperteza para conseguir sair dos seus problemas… Vá para a festa, minha filha. E leve a sua Branca de Neve.
– Branca de Neve? – riu-se Mariana. – Este não é o nome da minha boneca, não!
Quando Mariana chegou, a festa estava animada. Cada menina, orgulhosa, mostrava a sua boneca. Todas as meninas correm para falar com Mariana:
– Mariana, Mariana, como é o nome da sua boneca?
– Minha boneca? Minha boneca se chama Cinderela, é claro…

Cinderela das Bonecas | FIM


Cinderela das Bonecas | Conclusão:

Chegamos ao final de mais uma historia para dormir, esperamos que tenham curtido a historinha da Cinderela das Bonecas, diga-nos abaixo  o que achou dessa história e também não deixe de conferir as nossas demais histórias que contém em nosso site, um forte abraço a todos e até o próximo conto.

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